quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ainda sinto


Como era bom me sentir entorpecida. Como era bom quando eu fazia meu pequeno ritual de afastar o sofá da casa de minha querida e amada mãe, e me deitava no chão tão frio e tão gelado que parecia congelar meu corpo. Me mantinha ali, estendida praticamente imóvel, por horas e horas nem se quer percebia o entardecer e a noite se aproximar.
Escutando músicas que falavam de amor, amor verdadeiro, amor não correspondido, ou de um amor puro incondicional que todos almejavam.
E eu ali paralizada, desligava do mundo e de tudo ao me redor. Nem o doce torcar do vento em meu rosto fazia com que eu desperta-se e volta-se a si.
Por que não queria acordar.
Apenas eu, em sintonia com o melodia que me elevava me conduzia ao apse.
Assim conseguia me sentir verdadeiramente viva, que nunca antes foi tão fácil.
Não, não queria nunca mais acordar.
Sinto falta desse tempo, sinceramente sinto falta de algumas coisas, das coisas certas que me fizeram ser feliz, sorrir dar risada até a barriga doer e o fôlego faltar, e até as lágrimas percorrerem minha face, e por um momento mesmo que pequeno, me ensinaram a amar e dar o merecido valor a pequenas coisas que as vezes deixamos para lá, assim como aguá quando deixamos escorrer entre nosso dedos.

"MONTE CASTELO"

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...

É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...

O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...

É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...

É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...

Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...

(Legião Urbana)

A palavra AMOR (do latim amor)
Presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.

Fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amor

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